Projetos

    Encerrados

    Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade

    Há diversos gargalos nas cadeias produtivas da restauração e um dos principais está na produção de sementes em larga escala. Estima-se que para atingir a meta de restauração sejam necessárias por ano de 4 a 16 toneladas de sementes; 57 mil coletores; gerando US$ 146 milhões. Em ecossistemas com alta diversidade de espécies, as sementes precisam ser coletadas em vegetações nativas, como o Cerrado, um bioma muito pressionado pela conversão para agricultura de larga escala. A atuação de pessoas que vivem nestas áreas, a valorização de seus conhecimentos sobre as plantas e seus ambientes é fundamental para o provimento de sementes nativas para a restauração. A inserção destas pessoas no mercado da restauração e seu engajamento político pode ser estratégico para a defesa de seus direitos e territórios.

    A inovação e a inclusão de comunidades tradicionais e pequenos agricultores em cadeias produtivas trazem benefícios socioambientais e aumentam a efetividade da restauração. Mas estes papéis e potenciais são pouco valorizados ou superficialmente recepcionados em planos como o Planaveg, e ausentes na Proveg (Política Nacional de Recomposição da Vegetação Nativa), e nas Leis de Proteção da Vegetação Nativa e do Sistema Nacional de Sementes e Mudas.

    A restauração da vegetação nativa de Cerrado é um grande desafio devido às amplas peculiaridades do bioma, como a diversidade de vegetações mesclando florestas, campos e savanas. A técnica mais comum de restauração para florestas, o plantio de mudas, tem limitações para as savanas e campos. Nesse contexto, a semeadura direta parece ser promissora, por permitir plantar arbustos e gramíneas, a um menor custo e com maior eficiência, além de promover a inclusão social pela coleta de sementes, possibilitando a restauração em larga escala.

    O projeto Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade  atuou informando e interligando os principais elos da cadeia de produção de sementes nativas: os coletores de sementes, os restauradores e os tomadores de decisão.

    Sobre o Financiador

    O Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, na sigla em inglês para Critical Ecosystem Partnership Fund) vem atuando desde 2000 para assegurar a participação e contribuição da sociedade civil na conservação de alguns dos ecossistemas mais ricos do mundo do ponto de vista biológico, porém atualmente ameaçados. O objetivo é promover a conservação em áreas biológicas de alta prioridade e numa escala de paisagem. A partir desta perspectiva, o CEPF identifica e apoia uma abordagem regional, envolvendo uma ampla gama de instituições públicas e privadas para atender às necessidades de conservação por meio de esforços coordenados. O CEPF é um programa conjunto da Agência Francesa para o Desenvolvimento, Conservação Internacional, União Europeia, Fundo para o Meio Ambiente Global (GEF), Governo do Japão e Banco Mundial, com vistas a oferecer financiamento para proteção de ecossistemas únicos e ameaçados – conhecidos também como hotspots de biodiversidade

     

    Impactos

    • Fortalecimento da coleta e oferta de sementes nativas, resultando no aumento dos projetos de restauração por semeadura direta.
    • Aumento do conhecimento sobre restauração de campos e savanas e da ecologia dessas espécies, com sistematização de informações sobre coleta, beneficiamento e armazenamento de sementes.
    • Capacitação de mais de 313 mulheres e 347 homens na produção de sementes nativas e em restauração ecológica.
    • 11 comunidades beneficiadas pelo treinamento e engajamento na produção de sementes de espécies nativas.
    • 118 famílias com renda complementada pela comercialização de sementes nativas

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    CLN 211 - Bloco A - Sala 221

    Asa Norte - Brasília - Distrito Federal
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