A equipe técnica da VerdeNovo, parceria firmada com a Rede de Sementes do Cerrado (RSC), realiza nesta quinta e sexta-feira, 02 e 03 de junho, o monitoramento de indicadores ecológicos da restauração, de cinco hectares de área no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, em Alto Paraíso (GO) e uma visita a Vereda dos Ingleses dentro do Parque para acompanhar o desenvolvimento de plantio de mudas, realizada em março de 2022.
O monitoramento acontecerá na área denominada Mulungu e visa analisar as características do local que será restaurado, para a partir desta avaliação apresentar propostas das atividades que serão desenvolvidas. CEO da VerdeNovo, Barbara Pachêco destacou a importância da avaliação inicial.
“Nós chamamos esta ação de tempo zero, é para saber de onde a restauração está partindo. Isso contribui para o acompanhamento da evolução das atividades que serão desenvolvidas ao longo do processo. No caso desta área do Mulungu, o plantio está previsto para o final deste ano, mas até lá serão várias etapas da preparação do solo que vai receber as sementes por meio da técnica da semeadura direta”, detalhou a bióloga Barbara Pachêco.
Ainda no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, os técnicos farão uma visita a Vereda dos Ingleses, para acompanhar o desenvolvimento de mudas de espécies arbóreas de mata de galeria inundável e veredas. Outro ponto que será observado pelos técnicos é a quantidade de água disponível na vereda para, se necessário fazer um segundo plantio no local, ainda nesta estação.
Sobre o Projeto
Financiado pelo Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF, Critical Ecosystem Partnership Fund) e executado pela Rede de Sementes do Cerrado, em parceria com a VerdeNovo e Associação de Coletores Cerrado de Pé (ACP), o projeto vai restaurar dez hectares de área degradada do Cerrado no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. O trabalho será realizado no Sertão Zen, Jardim de Maytrea, Mulungu e na região do Córrego dos Ingleses que foi afetada pelos incêndios ocorridos, no Parque, em 2017 e 2019. Os locais têm características e histórico de degradação distintos e o principal desafio é trabalhar técnicas específicas em cada uma delas para obter o melhor resultado nos diferentes panoramas.
Vale reforçar que as sementes são coletadas por pequenos produtores rurais, assentados e quilombolas que integram a Associação. Além da conservação ambiental, a atividade gera renda para mais de cem famílias da região da Chapada dos Veadeiros que coletam cerca de 70 espécies nativas do Cerrado.
Publicado em 02/06/2022