Durante o recebimento das sementes na comunidade quilombola Kalunga do Vão do Moleque e no galpão de sementes da Associação Cerrado de Pé, realizado na primeira semana de novembro, a equipe técnica da Rede de Sementes do Cerrado distribuiu cestas básicas, máscaras e álcool em gel aos coletores da Associação. A iniciativa contou com o apoio do Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF) e do Instituto Caixa Seguradora que são os financiadores do Projeto “Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade”, desenvolvido pela RSC. A Rede contra Fogo também colaborou com a doação de álcool em gel e máscaras.
Para a Presidente da RSC, Camila Motta, que é também gerente do Projeto, as doações chegam em boa hora. “A gente sabe que essa pandemia não foi e não está sendo fácil para muitas famílias brasileiras, sobretudo, as mais carentes. Então, qualquer ajuda neste sentido é sempre muito bem-vinda. Os coletores ficaram muito felizes ao receberem esses itens e nós mais felizes ainda por poder ajudar de alguma forma”, afirma.
A Presidente destaca o papel social do Projeto, uma vez que a comercialização de sementes nativas para a restauração é uma atividade que vem sendo realizada com um olhar mais sensível às questões sociais. “É importante frisar que além da conservação ambiental, a coleta de sementes gera renda para mais de 60 famílias da região da Chapada dos Veadeiros. Ao chegar na comunidade Kalunga do Vão do Moleque para buscar as sementes coletadas, já pudemos observar algumas melhorias nas casas de alguns coletores que foram feitas, segundo eles, com o retorno financeiro da atividade de coleta”, acrescenta.
Vale lembrar que a RSC comercializa cerca de 70 espécies de sementes nativas do Cerrado que são utilizadas na restauração ecológica pelo método de plantio denominado semeadura direta. Essas sementes são coletadas por pequenos produtores rurais, assentados e quilombolas que integram a Associação Cerrado de Pé.
Publicado em 19/11/2020