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    Promovido pela RSC, Dia de Campo conta com participação dos acadêmicos da UnB

    Foto: Bárbara Pacheco


    Acadêmicos dos cursos de Engenharia Florestal, Agronomia e Ciências Biológicas da Universidade de Brasília (UnB), e do laboratório de Termo biologia da UnB, que integram o projeto de extensão do Jardim Louise Ribeiro, participaram na última semana, em Alto Paraíso de Goiás, de uma ação promovida pela Rede de Sementes do Cerrado (RSC) em parceria com a VerdeNovo, Associação Cerrado de Pé (ACP), e Universidade. Com o objetivo de aproximar a comunidade da academia, estreitar relações e possibilitar a troca de experiências, diversas atividades foram realizadas pelo grupo, dentre elas visitas em áreas em processo de restauração, coleta e beneficiamento das sementes nativas.

    Vice-presidente da RSC e responsável pela ação, Anabele Gomes, explicou que foi uma oportunidade dos alunos conhecerem um pouco mais sobre os caminhos das sementes. O Jardim Louise Ribeiro é o um jardim naturalista de Cerrado, que tem como foco evidenciar a importância deste bioma com a implantação de espécies como rasteiro como ervas, arbustos e gramíneas. “No laboratório de Termobiologia, os alunos atuam na pesquisa e análise de qualidade das sementes, mas é fundamental que compreendam o papel dos coletores, que muitas vezes são esquecidos, e conheçam todo o processo das sementes coletadas. Foi uma oportunidade para que eles pudessem vivenciar todas as etapas”, afirma a bióloga.

    O protagonismo feminino também foi um dos destaques da ação.  “O grupo era composto, em sua maioria, por mulheres então conversamos muito sobre o feminino, a importância da mulher, até porque o jardim Louise Ribeiro é um símbolo de combate à violência contra as mulheres e homenageia a estudante de Biologia, assassinada pelo ex-namorado dentro do Campus da instituição”, lembra Anabele.

    Baseado neste contexto, a CEO da VerdeNovo, Bárbara Pachêco, mencionou a trilha do Sertão Zen, realizada com o grupo. O local é uma área de restauração ecológica desenvolvida pela RSC e Verde Novo. Em tom de poesia, a bióloga apontou que “o trabalho foi pautado num diálogo horizontal, na construção de pensamentos restauradores sobre a importância deste movimento para o Brasil, para o mundo e para o interior de cada um. Os estudantes fizeram essa leitura de paisagem, foram instigados a juntos pensar soluções. É uma restauração que vai de áreas às pessoas. Do invisível ao visível, dos pequenos que se tornam grandes. Uma vivência profunda e inspiradora sobre restauração ecológica e sementes nativas no meio do Cerrado Chapadense”, acrescenta.

    Acadêmica do 7º período de biologia, Flávia Frota, descreveu suas vivências durante estes quatro dias. “O mais interessante disso tudo é que o Jardim foi criado com plantas vindas da Região da Chapada dos Veadeiros. Foi uma oportunidade incrível de conhecer um pouco sobre toda essa trajetória. Fomos a campo, fizemos a coleta, na Casa de Sementes realizamos o beneficiamento do que foi coletado, visitamos uma área de restauro recém queimada, no Córrego dos Ingleses e outra no Córrego Mulungu. Participamos de várias rodas de conversas onde pudemos perceber o potencial da força feminina e enxergar o pequeno, porque ele também é importante e, porque ele também faz parte da gente, sem ele a gente não vive”, pontuou. A voluntária pontuou que se comoveu em várias situações e relatos e que esta foi uma viagem transformadora.

    Publicado em 19/05/2022

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