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    Por que restaurar o Cerrado? Ameaçado pela degradação bioma abriga principais fontes de água doce no País

    Nunca se ouviu tanto sobre conservação dos biomas e a restauração das áreas degradadas quanto nos últimos anos. São inúmeros os debates acerca deste tema quando se trata do meio ambiente. Com inúmeros argumentos os ambientalistas buscam despertar a sociedade para a importância da conservação destes recursos naturais que são bens renováveis, mas o uso inconsciente tem resultado na escassez e extinção de muitos deles no planeta.

    Basta uma análise para percebermos os danos sofridos pelo meio ambiente ao longo dos tempos. Mudanças climáticas, assoreamento dos rios, poluição do ar, condições que tem interferido diretamente no cotidiano social.

    Cerrado

    Conhecido como o segundo maior bioma brasileiro, originalmente, o cerrado apresentava uma área superior a 204 milhões de hectares. Hoje, parte desta área já foi totalmente degradada. Vários fatores contribuíram para a degradação do Cerrado, como a expansão da fronteira agrícola, pecuária, incêndios, desmatamento.

    Caso continuemos com o uso da terra, sem ações sustentáveis, a médio e longo prazo isso resultará em consequências irreversíveis como a extinção de espécies animais e vegetais. A  degradação do Cerrado já reflete na oferta de água doce potável que abastece oito regiões no Brasil, pois o bioma abriga nascentes e leitos de alguns rios como o Rio São Francisco e Tocantins.

    Em defesa do meio ambiente, com o objetivo de contribuir com a conservação do cerrado brasileiro, a associação sem fins lucrativos, Rede de Sementes do Cerrado, com pesquisas, informações técnicas e científicas desenvolve na Região Central do País, através da semeadura direta, a restauração do Cerrado.

    De acordo com Camila Motta, gerente do Projeto Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade, com o apoio da Associação dos Coletores Cerrado de Pé, os moradores da Chapada dos Veadeiros realizam a coleta das sementes nativas do cerrado. “Os coletores recolhem parte destas sementes no Cerrado, que são vendidas pela RSC para empresas que trabalham com restauração. Além da venda, a equipe faz o acompanhamento técnico do trabalho que vai desde a coleta, controle das áreas de coleta, gestão de estoque, controle da qualidade das sementes, até a venda e entrega para o cliente”, explicou.

    Com a comercialização destas espécies de sementes a Rede de Sementes do Cerrado fomenta a cadeia produtiva de sementes nativas e contribui na conservação e restauração do Cerrado. “Já apoiamos a restauração de 100 hectares no Parque Nacional da  Chapada dos Veadeiros. Em parceria com demais instituições realizamos o plantio no Parque Lago do Cortado, o jardim Louise Ribeiro, o jardim do Parque da Asa Sul, propriedade particular no Pipiripau,a praça. Por meio do projeto já apoiamos a restauração de aproximadamente 60 hectares de áreas no Cerrado brasileiro, no estado de Goiás e no Distrito Federal e Goiás”, concluiu a gerente do projeto.

    Foto: Equipe da Rede recolhe as sementes para restauração

    Publicado em 07/05/2019

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