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    O Parque Nacional de Brasilia faz 50 anos!!

    O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, por meio do  Museu Nacional do Conjunto Cultural da República convidam para a  Exposição Parque Nacional de Brasília - 50 anos.
    De 23 de novembro a 24 de dezembro
    Museu   Nacional  do Conjunto Cultural da República
    Setor Cultural Sul - Lote 2, próximo à Rodoviária do Plano Piloto, Eixo Monumental
    terça-feira a domingo
    9H às 18H30  - ENTRADA FRANCA

     

    A história da maior reserva natural do DF, registrada pelo fotógrafo brasiliense João Paulo Barbosa, estará exposta no Museu Nacional da República até 24 de dezembro

    22 de Novembro de 2011 às 15:32

    Natalia Emerich_Brasília 247 – Inaugurada em abril de 1960, Brasília ficou conhecida como a cidade do concreto. Um ano depois, a capital ganhou um presente verde e cheio de vida: o Parque Nacional de Brasília. Na reserva natural, fauna e flora do Cerrado lutam para sobreviver à urbanização do Distrito Federal há mais de cinco décadas. A história do parque e sua biodiversidade foram registradas desde 2009 pelas lentes do fotógrafo brasiliense João Paulo Barbosa, 37 anos, e serão expostas no Museu Nacional da República a partir desta terça-feira (22). Além das fotos, a mostra terá sonorização, vídeos e imagens de arquivo dos anos 60 e 70.

    Compõem o acervo 40 fotografias que remetem o público à dimensão dos 42, 3 mil hectares do Parque Nacional – área equivalente a mais de 85 mil campos de futebol oficiais. A viagem à natureza passa por lagoas, nascentes, espécies vegetais e pela riqueza da fauna – que vai de pequenos anfíbios à onça parda. “Quero mostrar a riqueza que temos dentro de Brasília e grande parte da população sequer conhece”, afirma João Paulo Barbosa. “É uma vegetação selvagem e bruta dentro da capital do país, conhecida por seus monumentos.”

    Para conservar ao máximo a memória da reserva ecológica, todas as fotografias têm padrão museológico – foram impressas com pigmento mineral em papel de algodão, o que aumenta a durabilidade para cerca de 200 anos. “Quando o Parque Nacional estiver com 250 anos, teremos certeza de que a sua história ainda estará registrada”, comemora Barbosa. Embora seja área de preservação, a reserva luta para sobreviver à pressão da expansão urbana e da especulação imobiliária.

    Interação artística

    Além das fotos de João Paulo Barbosa, a mostra é composta por imagens em preto e branco do fotógrafo Henry Macario, vídeos de Cícero Fraga e música de Luiz Oliviéri. Segundo Barbosa, o objetivo é tornar a experiência ainda mais rica. “A foto comunica em silêncio, a música faz com que a pessoa entre mais no clima da imagem e o vídeo permite a interação entre o visual e o som.” Para ele, as diferentes formas de comunicação se completam e permitem sensações diferentes em relação ao mesmo lugar.

    Cerrado preservado

    O Parque Nacional de Brasília está localizado a 15 minutos do centro da cidade. A reserva faz parte dos 20% do Cerrado não devastados por pastagens, monocultura e expansões urbanas, e do 1,8% protegido por Unidades de Conservação de Proteção Integral.

    Com uma área de 42,3 mil hectares, a imensidão da reserva natural abriga animais de espécies raras ou ameaçadas de extinção, como o lobo-guará, o tatu-canastra, o tamanduá-bandeira, a jaguatirica, a gralha-do-campo e o papagaio-galego. A biodiversidade inclui mamíferos, aves, répteis, anfíbios, peixes e grupos pouco estudados, a exemplo dos moluscos, crustáceos, insetos e pequenos organismos.

    Além da riqueza em vegetação e animais, o parque é responsável por parte do abastecimento de água que supre a demanda da população do DF. A riqueza ecológica do parque atrai estudantes e pesquisadores, que ao longo de 50 anos finalizaram mais de cem pesquisas científicas no laboratório de estudos do local.

    Embora a maior parte do Parque Nacional de Brasília seja restrita à visitação pública, a comunidade do DF conhece um pedaço da reserva destinada ao lazer, mais conhecida como Água Mineral. A área conta com infraestrutura de recepção e recreação – duas piscinas formadas com a captação de águas minerais em constante renovação, sanitários, espaços para piqueniques e churrasqueiras e trilhas ecológicas de caminhada.

    Publicado em 22/11/2011

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