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    No 15º Encontro da Rede de Sementes do Xingu equipe da RSC conhece técnica usadas pelo grupo

    Rede acompanhou programação e aprendeu sobre as técnicas da associação premiada internacionalmente que é inspiração para atuação no Cerrado

    Dias de aprendizado e muita troca de experiências, essa é a lição que a Rede de Sementes do Cerrado (RSC) trouxe do 15º Encontro da Rede de Sementes do Xingu, realizado na Terra Indígena do Xingu, no Mato Grosso. Durante três dias, a equipe da Rede esteve na aldeia Moygu, território da etnia Ikpeng, para as celebrações.

    A Rede participou do evento, que reuniu coletores de sementes de diversas partes do Brasil, restauradores e colaboradores em uma agenda que teve rodas de conversa, trocas de experiências e muitos ensinamentos, de 08 a 10 de setembro. “Uma das experiências mais incríveis e intensas da minha vida! A Rede do Xingu é inspiração para nossa atuação no Cerrado”, comentou a presidente da RSC, Camila Motta.

    Indígenas das etnias Ikpeng, Xavante e Juruna, quilombolas do Vale do Ribeira, assentados e agricultores promoveram rodas de conversa, apresentaram suas técnicas de coleta, restauração e manutenção das sementes nativas. “Foram dias incríveis, de muito aprendizado com a Sementes do Xingu, que nos inspira tanto. Grata a Rede e ao povo Ikpeng por nos receber, permitir essa vivência, a oportunidade de estar em um território tão rico, imponente e de tanta resistência. Volto ao Cerrado com uma bagagem imensa e com o coração transbordando”, explicou a vice-presidente da RSC, Anabele Gomes.

    A Cerrado de Pé também participou do encontro. “Entre rodas de conversa e banhos de rio, pudemos acompanhar as coletoras de sementes Ikpeng (que se autodenominam Yarang, nome da formiga saúva na língua Ikpeng), conhecer a casa de sementes e prestigiar a cultura do povo que nos acolheu”, pontua Bruna Braz, da representante da Cerrado de Pé que esteve no Xingu.

    O 15º Encontro da Rede do Xingu marcou os 15 anos da associação que reúne 600 coletores em 25 comunidades indígenas, agrícolas, e urbanas para reflorestamento da Amazônia e restauração do Cerrado. Em Agosto, a Associação do Xingu foi nomeada uma das vencedoras do 13º Prêmio Equatorial, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) por promover a igualdade de gênero e mostrar a importância de desenvolver com foco nos conhecimentos tradicionais e nas soluções naturais.

    Publicado em 22/09/2022

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