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    Empoderamento feminino e associativismo são temas de oficinas promovidas pela RSC para fortalecer a conservação do Cerrado

    Com o objetivo fortalecer as comunidades tradicionais que atuam na conservação e recuperação do Cerrado, a Rede de Sementes do Cerrado (RSC) realizou entre os dias 30 de maio a 04 de junho, uma série de oficinas voltadas para o associativismo, o empoderamento feminino, a comunicação e a inclusão de jovens na produção de sementes nativas. O evento, que contou também com a capacitação em coleta e beneficiamento de sementes, reuniu coletores do Distrito Federal, Goiás, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, e ainda, Redes de sementes de diversas regiões do Brasil que prestigiaram o II Encontrão do Redário em Alto Paraíso de Goiás (GO).

    Através do associativismo, as oficinas proporcionaram um espaço de organização coletiva, compartilhamento de conhecimentos, formação e fortalecimento de lideranças dos grupos e redes de sementes contemplados no projeto. O tema foi abordado pela consultora Regina Erismamm que avalia a iniciativa como um passo importante no fortalecimento das comunidades rurais e povos tradicionais para a construção de um futuro mais justo e sustentável. “A RSC reconhece a importância de envolver as comunidades nessas práticas de conservação e recuperação do Cerrado, garantindo a continuidade dessas atividades no futuro. As oficinas ofereceram capacitação técnica e incentivaram o empreendedorismo, despertando o interesse na produção de sementes nativas”, pontuou a consultora.

    Ministrada pela jornalista e Coordenadora do Ministério de Igualdade Racial, Dandara Maria Barbosa, a oficina sobre o empoderamento feminino e os desafios enfrentados pelas mulheres na sociedade destacou como os papéis sociais tradicionalmente atribuídos às mulheres e aos homens influenciam em percepções individuais, reforçam estereótipos e marcadores sociais que contribuem para as desigualdades de gênero. "O empoderamento feminino é uma ferramenta fundamental para promover a conscientização e buscar a transformação sociocultural para que as mulheres tenham o direito de participar ativamente de debates e decisões que impactam o futuro de suas regiões, países e sociedade como um todo”, ressaltou Dandara Barbosa.

    Coletora da Rede de Sementes do Oeste da Bahia, Claudiane Souza relata sua experiência como a coleta de sementes e conta como as oficinas contribuíram para a mudança de pensamentos e atitudes. “Hoje eu busco ser alguém melhor e contribuir com o meio ambiente. Talvez eu não consiga fazer muitas coisas que planejo, mas que eu possa ao menos tentar e isso para mim já é o primeiro passo. Aprendi que consigo desempenhar qualquer atividade que me propor, ao contrário do que ouvi a vida toda sobre o sonho de fazer agronomia e pessoas que buscavam influenciar que não era um curso para mulher e isso não existe porque a mulher poder ser o que ela quiser”, completa Claudiane.


    Promovido pela Rede de Sementes do Cerrado, o evento realizado na Aldeia Multiétnica faz parte das ações do projeto “Tecendo Redes e Espalhando Sementes” que visa beneficiar cerca de 320 famílias distribuídas em 52 comunidades. "A nossa proposta é que os participantes transmitam o conhecimento adquirido durante as oficinas em seus territórios, e para isso além da formação desses dias os grupos receberão vídeos e cartilhas com conteúdo sobre os temas abordados”, acrescenta a coordenadora do projeto e vice-presidente da RSC, Anabele Gomes, ao reforçar que as capacitações são apenas algumas das atividades do projeto.


    Vale lembrar que a iniciativa é financiada pelo projeto Cerrado Resiliente – CERES, por meio do Fundo de Promoção de Paisagens Produtivas Ecossociais (PPP-ECOS) gerido pelo Instituto População Sociedade Natureza (ISPN).

    Publicado em 06/06/2023

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