Em alguns locais foi feita a plantação em coveta para enriquecimento de área

Iniciativa é coordenada pela equipe do Projeto Águas Cerratenses: Semear para Brotar

Duas toneladas e meia de sementes nativas do Cerrado, divididas em aproximadamente 60 espécies de árvores, arbustos e gramíneas. Esta foi a quantidade utilizada pela equipe do Projeto Águas Cerratenses: Semear para Brotar, no plantio para a restauração da área no Projeto de Assentamento (P.A.), Santa Maria, em São João D’Aliança (GO).

Dos 1.084,04 hectares de área de Reserva Legal declarados no Sistema Nacional de Cadastro Rural (CAR), o projeto tem como foco recuperar 101,5 hectares. Para desenvolver a atividade, o grupo utilizou a técnica da semeadura direta associada ao potencial de regeneração natural que já existe no local.

Coordenadora do projeto Águas Cerratenses, Alba Cordeiro destacou que o envolvimento de todos é fundamental para o sucesso do trabalho. “Nós contratamos os moradores do P.A. Santa Maria para que eles pudessem contribuir neste processo de preparo do solo e plantio. Desta forma trabalhamos a inclusão da sociedade, explicamos na prática a importância da conservação do Cerrado e neste caso de restaurar as áreas que foram degradadas”, disse.

Além dos moradores, a prefeitura de São João D’Aliança, por meio da Secretaria do Meio tem contribuído para execução das atividades. Para execução do plantio no local entre equipe técnica, apoio logístico, cozinha e semeadores, 38 pessoas foram envolvidas na iniciativa.

Sobre o Projeto
Executado pela Rede do Cerrado (RSC), em parceria com a Associação Cerrado de Pé (ACP) e Semeia Cerrado, o projeto “Águas Cerratenses: semear para brotar” visa restaurar, por meio da semeadura direta, cerca de 800 hectares de áreas degradadas do Cerrado até 2024.

Financiado pelo Fundo Socioambiental CAIXA, a iniciativa tem como público-alvo, os proprietários rurais que necessitam recuperar Áreas de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL). A iniciativa busca ainda o fortalecimento da cadeia produtiva de sementes nativas de base comunitária, uma vez que a produção de sementes nativas para a restauração ecológica proporciona a geração de renda a partir do Cerrado, atuando de forma inclusiva e contribuindo para a conservação e restauração deste importante bioma brasileiro.

Fotos por: Alba Cordeiro