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    Voluntários realizam a retirada das gramíneas exóticas do Parque do Cortado e aprendem sobre restauração do Cerrado

    A equipe da Rede de Sementes do Cerrado realizou neste sábado, 27, um mutirão no Parque do Cortado, em Taguatinga (DF). A ação que contou com o apoio de inúmeros voluntários trabalhou a retirada das gramíneas exóticas de uma parte das nascentes do Parque.

    Coordenador do Projeto “Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade”, Alexandre Sampaio explicou a importância deste trabalho de manutenção. “A brachiaria é uma espécie de capim utilizado para a pastagem do gado. A gramínea, conhecida como uma espécie exótica exige uma quantidade maior de água para o seu crescimento, desenvolve rapidamente abafando as outras plantas, reduzindo o volume de águas das chuvas que vão para o lençol freático e garantem a qualidade das nascentes do Parque”, disse.

    “Esta já foi uma área de pastagem, invadida por capins exóticos. A retirada destas gramíneas contribui para que as plantas nativas tenham mais luz e nutrientes do solo. Na verdade estamos dando uma mãozinha para que as nativas possam desenvolver e a restauração dê muito certo”, salientou Gustavo Rocha, técnico da Rede de Sementes do Cerrado. O técnico frisou ainda que o resultado final deste trabalho de restauração é reestabelecer o ecossistema original do Parque garantindo a diversidade da fauna.

    Voluntária no mutirão, a engenheira ambiental, Kilmara Ramos que participou pela primeira vez e contou sua experiência. “A atividade foi ótima e demonstrou que mesmo dentro da cidade temos espaços preservados para ter esse contato com o solo e ajudar na conservação do meio ambiente. Pequenos atos fazem a diferença no ecossistema”.

    Projeto
    A Rede de Sementes do Cerrado desenvolve há dois anos o Projeto “Mercado de Sementes e Restauração: Provendo Serviços Ambientais e Biodiversidade”. Em parceria com a Associação de Coletores de Sementes Cerrado de Pé, o restauram de áreas degradadas. Além de trabalhar a conservação do Cerrado, com oficinas e atividades voltadas para a conscientização ambiental, com a venda das sementes, o Projeto gera emprego e renda aos moradores da Chapada dos Veadeiros, local da coleta. Outro diferencial do projeto é o acompanhamento técnico dos profissionais da RSC para com as empresas que compram as sementes.

    Lago do Cortado
    Com várias nascentes no Parque Lago do Cortado, a RSC em parceria com o Instituto Brasília Ambiental (Ibram) realizam desde 2018 a restauração do Parque. Em dezembro, o grupo promoveu no local (2 hectares) a semeadura de 20 espécies nativas do Cerrado, que além das árvores incluem também as gramíneas e os arbustos.

    Com as chuvas, as sementes plantadas brotaram no local, porém as gramíneas exóticas continuaram retornando para o ambiente, impendido que as espécies nativas plantadas possam desenvolver. A manutenção consiste na retirada destas gramíneas. Camila Motta, gerente do Projeto explicou que para desenvolver a Restauração no Parque a RSC, por meio do projeto, ofertou as sementes dos coletores da Associação Cerrado de Pé. “O principal objetivo do projeto é gerar renda para os coletores de sementes e promover a restauração de áreas degradadas do Cerrado, que com a alta taxa de desmatamento faz deste o Bioma mais ameaçado no País.

    Publicado em 30/04/2019

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