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    Oficina do Projeto Tecendo Redes prepara grupos para a inclusão de mulheres e jovens na cadeia produtiva de sementes nativas

    Finalizando as atividades do “Projeto Tecendo Redes e Espalhando Sementes”, a Rede de Sementes do Cerrado (RSC) promoveu nesta quarta-feira, 21, a Oficina Mulheres, Jovens e as Sementes Nativas para Restauração. Direcionada para líderes dos grupos de coletas e associações, a iniciativa teve como foco aprimorar habilidades e conhecimentos para que temas relevantes sejam discutidos e compartilhados com os demais integrantes dos grupos. Compreendendo o protagonismo feminino na cadeia produtiva de sementes nativas e considerando o papel fundamental desempenhado pelas mulheres na pauta da conservação ambiental, tornou-se essencial debater medidas de enfrentamento à desigualdade de gênero. O encontro contou com a participação de representantes da Rede de Coletores Geraizeiros, Rede Sementes do Paraíso e Rede de Sementes do Oeste da Bahia.

    A oficina realizada por videoconferência foi ministrada pela Coordenadora do Núcleo de Comunicação da RSC, Maria Antônia Perdigão, que explica que para trabalhar o tema foi produzido pelo projeto um vídeo e uma cartilha que apresentam estratégias para enfrentar essas desigualdades e incluir ainda mais as mulheres na cadeia produtiva de sementes. “Neste material a gente propõe algumas atitudes que essas associações ou grupos de coletores podem realizar para enfrentar essa desigualdade de gênero e apoiar a inclusão de mulheres. Neste contexto apresentamos o protagonismo das mulheres na conservação ambiental, mostrando várias áreas da cadeia produtiva onde elas podem protagonizar”, detalhou.

    Além disso, o encontro ressaltou a inclusão dos jovens na produção de sementes nativas, reconhecendo a comunicação como uma ferramenta fundamental para integrar essa camada. “Às vezes os jovens acham que não tem espaço em suas comunidades que precisam migrar para outras cidades para poder começar sua carreira profissional. E a gente mostrou que eles têm espaço na cadeia produtiva, que podem atuar em diversas frentes e contribuir muito. Dentre as alternativas, ressalta-se a comunicação e suas diversas atividades como uma das ferramentas de trabalho”, exemplificou Maria Antônia Perdigão.

    Vice-presidente da Rede de Coletores Geraizeiros, Fabricia Santarem Costa, pontuou a importância da oficina para os participantes. “Esta foi uma das melhores oficinas que participei, pois ela mudou minha perspectiva em relação a questão de gênero. Muitas mulheres não participam de diversas atividades devido à sobrecarga do trabalho, ao desempenhar múltiplas funções. Enquanto líder é preciso ter esse olhar de empatia para outras mulheres e criar mecanismos de inclusão”. A Técnica de Campo evidenciou ainda que a oficina se apresentou como um norte para os líderes locais. “A partir do momento que uma oficina como essa acontece e a gente consegue ouvir outras mulheres também com suas necessidades e a gente olha e avalia como podemos melhorar nossa postura e dar mais espaço a elas’, completou.

     

    Oficina

    Voltadas para proporcionar um espaço de organização coletiva, compartilhamento de conhecimentos, formação e fortalecimento de lideranças dos grupos e redes de sementes contempladas no projeto, as oficinas culminaram no encerramento das atividades do Projeto Tecendo Redes e Espalhando Sementes.

    Sobre o projeto

    Executado pela Rede de Sementes do Cerrado (RSC), o Projeto “Tecendo Redes e Espalhando Sementes” vai beneficiar cerca de 320 famílias distribuídas em 52 comunidades. A iniciativa é financiada pelo projeto Cerrado Resiliente – CERES, por meio do Fundo de Promoção de Paisagens Produtivas Ecossociais (PPP-ECOS) gerido pelo Instituto População Sociedade Natureza (ISPN). O projeto foi coordenado pela Vice-Presidente da RSC, Anabele Gomes.

    Publicado em 22/02/2024

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